A Eterna Inacabada
Não posso esquecer do que anda na minha cabeça estes dias. Movimento Devagar. Malrapida Movado. Sensatez do Frederico.
A minha tia voltou às rotinas, a auto-estima dela voltou a subir e volta-me a esmagar. É impressionante como a maioria das pessoas, não as culpo, são produto das suas circunstâncias, podem conduzir gente como eu para uma encruzilhada perigosa, gente divergente, esquiva, questionadora de tudo, da vida, dos percursos, das práticas, de ideologias, embora pessoalmente eu consiga não ser de todo partidário da insurreição de minorias porque sei o que isso significa. Nem ditadura da maioria, nem ditadura da minoria. As ditaduras da maioria deste mundo têm lugar nas nações com os mais elevados índices de suicídio, o extermínio indirecto e silenciado de quem não serve. Faz lembrar as práticas de organizações, sejam políticas ou corporativas, em que se utiliza o método subtil de fazer com que sejam os próprios indivíduos a saírem pelo próprio pé se não forem capazes de se conformar . Ou o suicídio é por frescura? As ditaduras da minoria não se sustentam sem engenharia social ou o dizimar de massas. Democracia líquida e compassiva se faz favor. A hipótese é fazer chegar a informação a todos, das dificuldades da vida que são relativas para cada um de nós, para que todos compreendam todos, e mesmo assim não sei se o outro se colocaria no lugar do outro. É muito difícil. As pessoas são muito difíceis de compreender, é por isso que as utopias criam.se, sonham-se, constroem-se mas são um eterno inacabado Templo Expiatório da Sagrada Família.
É exactamente o Ceticismo Científico que tem de fazer perceber a quem consegue facilmente "vencer na vida", ou ultrapassar as adversidades destas com mais ou menos dificuldade por razão x ou y, que por nem toda a gente ter crescido da mesma forma, no mesmo meio, nas mesmas circunstâncias que tudo se torna relativo à sua situação. As pessoas se aceitam viver num sistema capitalista é porque aceitam à partida que satisfeitas certas necessidades, outras se criam artificialmente e por isso a insatisfação é infinita. A não ser que queiramos voltar à organização comunitária e abandonar a societária, temos de perceber que tal como as necessidades também as dificuldades são relativas ao conforto que conhecemos desde que viemos ao mundo.
Há que ler Yuval Noah Harari.
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| 2014 |
A minha tia voltou às rotinas, a auto-estima dela voltou a subir e volta-me a esmagar. É impressionante como a maioria das pessoas, não as culpo, são produto das suas circunstâncias, podem conduzir gente como eu para uma encruzilhada perigosa, gente divergente, esquiva, questionadora de tudo, da vida, dos percursos, das práticas, de ideologias, embora pessoalmente eu consiga não ser de todo partidário da insurreição de minorias porque sei o que isso significa. Nem ditadura da maioria, nem ditadura da minoria. As ditaduras da maioria deste mundo têm lugar nas nações com os mais elevados índices de suicídio, o extermínio indirecto e silenciado de quem não serve. Faz lembrar as práticas de organizações, sejam políticas ou corporativas, em que se utiliza o método subtil de fazer com que sejam os próprios indivíduos a saírem pelo próprio pé se não forem capazes de se conformar . Ou o suicídio é por frescura? As ditaduras da minoria não se sustentam sem engenharia social ou o dizimar de massas. Democracia líquida e compassiva se faz favor. A hipótese é fazer chegar a informação a todos, das dificuldades da vida que são relativas para cada um de nós, para que todos compreendam todos, e mesmo assim não sei se o outro se colocaria no lugar do outro. É muito difícil. As pessoas são muito difíceis de compreender, é por isso que as utopias criam.se, sonham-se, constroem-se mas são um eterno inacabado Templo Expiatório da Sagrada Família.
É exactamente o Ceticismo Científico que tem de fazer perceber a quem consegue facilmente "vencer na vida", ou ultrapassar as adversidades destas com mais ou menos dificuldade por razão x ou y, que por nem toda a gente ter crescido da mesma forma, no mesmo meio, nas mesmas circunstâncias que tudo se torna relativo à sua situação. As pessoas se aceitam viver num sistema capitalista é porque aceitam à partida que satisfeitas certas necessidades, outras se criam artificialmente e por isso a insatisfação é infinita. A não ser que queiramos voltar à organização comunitária e abandonar a societária, temos de perceber que tal como as necessidades também as dificuldades são relativas ao conforto que conhecemos desde que viemos ao mundo.
Há que ler Yuval Noah Harari.
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